quarta-feira, 5 de outubro de 2011

No universo corporativo, as organizações têm se preocupado em resgatar valores éticos e em desenvolver ações voltadas para questões sociais. A mídia de negócios, os dirigentes de grandes empresas, livros e palestras, com freqüência, têm enfocado a importância da ética empresarial e da responsabilidade social como fatores competitivos para as empresas.

Tentativas de criar códigos de conduta, linhas diretas para denúncia dentro das empresas, treinamento para funcionários, são algumas das iniciativas das empresas no sentido de garantir padrões éticos no relacionamento com seus públicos. Este movimento pela ética e pela implementação de projetos sociais nas empresas cria um ambiente favorável para ações de relações públicas. Ao questionarmos o porquê desta preocupação com a ética e a responsabilidade social nas empresas, devemos analisar o cenário atual das empresas. Hoje, a sociedade cobra das empresas uma atuação responsável e o consumidor têm consciência da efetividade de seus direitos. Portanto, exige-se das empresas uma nova postura que explicite suas preocupações com questões sociais (responsabilidade social) e com a ética.
Os negócios assumem hoje dimensões muito complexas. Os fenômenos da globalização, das inovações tecnológicas e da informação apresentam-se como desafios aos empresários, já que altera comportamentos, e também serve como um novo paradigma na busca de melhor entendimento sobre as mudanças que estamos enfrentando.
O que acontece com a ética e a moral quando as sociedades passam por transformações tão profundas quanto as que o mundo vive agora? A responsabilidade social corporativa é mais importante do que nunca, segundo alguns autores. A ética afeta desde lucros e a credibilidade das organizações até a sobrevivência da economia global. Dentro da economia global, há ainda a questão da cultura propriamente dita. As grandes corporações internacionais, bem como qualquer organização que almeje expandir seus mercados em escala global, precisam estar cada vez mais atentas à diversidade cultural reinante entre os povos.
Na verdade, a ética, que entendemos como a maneira de pôr em prática nossa hierarquia de valores morais, e o exercício da responsabilidade social da empresa andam de mãos dadas. E esta é uma visão bastante complexa diante das pressões do mercado e de outro de todo tipo às quais os administradores são submetidos diariamente nas suas tarefas.
Lista de trinta itens que influenciam as decisões do dia a dia do administrador.

– Ganância
– Relatórios distorcidos
– Inadimplência/fraude
– Deslealdade
– Má qualidade
– Favoritismo
– Conflito de interesses
– Falsidade ideológica, etc.
Creio que, no Brasil, esta lista deveria ser acrescida de um item que adquire uma importância cada vez maior. É a filosofia do “mais ou menos”, que vem se
manifestando em todos os aspectos da vida nacional. A clareza, a distinção nítida entre o certo e o errado, que infelizmente não se ensina mais nas escolas e nas famílias e que se pratica cada vez menos na atividade profissional, traz para este país, sem que se perceba, um imenso volume de problemas. Não me considero um “caxias”, mas creio que se realmente quisermos, um dia, nos relacionarmos em termos de igualdade com o chamado “Primeiro Mundo”, aí está um problema de ética e responsabilidade social que precisamos resolver. Lembraria aqui, apenas a título exemplo, as dificuldades causadas pela falta de pontualidade e pela falta de garantia de uma qualidade continuada nas exportações; a mentalidade do querer “levar vantagem em tudo” etc.


Vamos valorizar mais as pessoas do que as coisas. Vamos procurar dar trabalho
a o maior número possível de pessoas. Talvez não estejamos desta forma, produzindo diretamente mais riquezas, mas estaremos certamente conferindo mais dignidade a um número maior de famílias.

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