Nesta edição do boletim de tecnologia Click, o veículo teleguiado de milhares de dólares construído em casa por um americano.
O fotógrafo agora quer recuperar o investimento fazendo imagens aéreas de mansões à venda em agências imobiliárias.
O mais novo projeto do Google pretende "invadir" empresas em diversos países e apresentar imagens em 360 graus do interior.
Diferentemente do Street View, só voluntários participam deste projeto piloto.
Em Nova York, manifestantes que participam do protesto "Ocupe Wall Street" estão pedalando para gerar energia.
Depois de terem geradores a gás confiscados pelo Corpo de Bombeiros, sob alegação de risco de incêndio, uma organização não-governamental começou a disponibilizar bicicletas-geradores.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
domingo, 6 de novembro de 2011
Composto de varejo
Este "composto varejista" nada mais é do que a somatória de todas as variáveis que definem a estratégia e a forma de atuação mercadológica de um varejo. Resumidamente, podemos pensar nas seguintes variáveis: Produto, Preço, Ponto (localização), Apresentação do local, Comunicação e Atendimento pessoal. Esta variáveis são conhecidas como os "6
P's" do varejo.
Produto: aqui pensamos em toda a linha de produto que a loja possa oferecer, o que dá, de certo modo, a "personalidade" da loja (por exemplo, "esta é uma loja com produtos finos ou populares?"). Aqui, há duas decisões importantíssimas a serem tomadas: a amplitude (número de linhas de produtos) e a profundidade (número de ítens de produto por linha) desejadas. Uma loja pode ser reconhecida por ter uma grande amplitude ("lá tem de tudo") ou por sua profundidade ("é especialista em produtos esportivos").
Grandes lojas de departamento ainda atraem muitos consumidores por oferecerem uma combinação forte entre estas duas decisões, pois oferecem grande amplitude - inúmeras seções de loja - com grande profundidade - muitos ítens de produtos e opções de compra em cada seção.
Ampliando o conceito de produto, devemos também pensar nos serviços adicionais que podem ser acrescentados e oferecidos, como uma "entrega à domicílio", ou uma "venda expressa", um serviço de empacotamento, e assim por diante;
Preço: consideramos nesta variável não só o preço em si de cada item, mas também a política de preços da empresa, o que inclui fornecimento de crédito, descontos, aceitação de cartões de crédito e de cheques pré-datados, etc. Aqui forma-se um dos aspectos importantes da imagem de um varejo, em relação ao comportamento de compra do consumidor, já que ocorre o conflito "esta é uma loja careira" versus "esta é uma loja barateira". Ambas as possibilidades são válidas, dependendo do tipo de negócio em questão. Nenhum lojista gosta da imagem de "careiro", mas pode ser até muito boa uma política de "preços altos" (ou "premium price") para uma boutique de luxo, na medida em que estes preços denotem sofisticação e exclusividade;
Ponto: uma das variáveis mais importantes em varejo, o ponto define muito do sucesso ou fracasso de um negócio em atrair a sua clientela. Aqui, há tanto a preocupação com a "macro-localização" (em que cidade ou bairro vou localizar a minha loja) como com a "micro-localização" (em que rua ou casa/prédio vou localizar minha loja). A decisão de localização é muito importante, pois define não só o público que se vai atingir, como também o próprio montante de potenciais clientes que terão acesso à loja. Dependendo do tipo de negócio, a atratividade de uma determinada loja pode ser muito prejudicada por um ponto equivocado. Deve-se considerar sempre a área de influência inerente a cada ponto;
Apresentação: não basta ter uma bom ponto, este deve ter uma apresentação visual eficiente e coerente com a proposta do negócio. Aqui, pensamos então na decoração, no lay-out de loja, na distribuição das mercadorias pelas prateleiras, iluminação, uso ou não de música ambiente, enfim, tudo voltado a criar uma atmosfera agradável e propicia à venda;
Comunicação: a loja precisa ser conhecida no mercado. Assim, a comunicação bem feita inclui propaganda, promoções, divulgação via assessoria de imprensa, concursos, enfim, uma gama de ações que atraia o cliente à loja e que, uma vez ele haver adentrado, facilite e estimule a venda . Para muitos varejos segmentados, voltados para públicos específicos, o Marketing Direto pode também ser utilizado. Mas não basta apenas vender: os varejos que prezam pela excelência procuram manter a sua clientela para sempre, realizando, para isso, um trabalho de pós-venda e de assistência ao cliente na solução de eventuais problemas.
Atendimento pessoal: o varejo se caracteriza pela venda pessoal, na qual o cliente entra em contato diretamente com o vendedor, que vai lhe prestar o serviço efetivo de venda das mercadorias desejadas. Um bom atendimento deve ser atencioso, gentil, e, principlamente, não focado apenas no "vender a qualquer custo", mas sim orientado a satisfazer às necessidades reais do cliente. É preferível perder uma venda imediata ao invés de "empurrar" um produto indesejado para o cliente. Este poderá se arrepender da compra e culpar o estabelecimento por isso. Ao contrário, se o cliente for atendido bem, mesmo não comprando ele estará criando uma imagem positiva do negócio, o que certamente o trará de volta no futuro.
Estes "6 P's" constituem-se nas variáveis mais importantes que um varejista deve pensar para diferenciar e bem posicionar o seu negócio no mercado. Na mente de seus consumidores, ocorre uma comparação entre diferentes lojas baseadas nestas variáveis,
obviamente de uma maneira sutil e até subconsciente. O consumidor extrai desta comparação a sua decisão de compra, e é nesta decisão que o empresário varejista deseja influir, visando, obviamente, gerar clientes para o seu negócio.
Ora, realizar esta comparação é possível tanto para grandes, como para pequenos negócios. Há uma idéia básica em Marketing de varejo, que define muito como esta análise pode ser útil. Costuma-se dizer que o sucesso do varejo está no cuidado com os detalhes ligados aos "6 P's", o que pode ser resumido na expressão inglesa "retail is detail" ("o varejo está nos detalhes"). Com isto, muitos autores colocam que o sucesso do varejo está em esse se diferenciar de seus concorrentes em cada aspecto dos "6 P's". O curioso é que basta ser um pouco melhor em cada variável, ou, pelo menos, na maioria delas, para que se tenha uma diferenciação frente à concorrência.
É fácil exemplificar este fato: se há duas lojas concorrentes localizadas lado a lado, ambas com porte e decoração semelhante, oferecendo linha de produtos, política de preços/descontos, atendimento e política promocional semelhantes, qual loja um potencial consumidor escolherá para realizar suas compras? O que levará à clientela preferir um ou outro negócio será, basicamente, pequenas diferenças que uma loja consiga estabelecer em relação à outra. Às vezes, estas diferenças são tão pouco perceptíveis que o mercado se divide entre ambas as lojas, de modo um tanto quanto indiferenciado. Eis aí uma questão chave para o lojista: "como diferenciar minha loja, para atrair mais clientela?" Afinal, talvez esta divisão "tão fraterna" de negócios apenas esteja prejudicando o desempenho de ambas as empresas, podendo até mesmo comprometer a sobrevivência de ambas a longo prazo.
P's" do varejo.
Produto: aqui pensamos em toda a linha de produto que a loja possa oferecer, o que dá, de certo modo, a "personalidade" da loja (por exemplo, "esta é uma loja com produtos finos ou populares?"). Aqui, há duas decisões importantíssimas a serem tomadas: a amplitude (número de linhas de produtos) e a profundidade (número de ítens de produto por linha) desejadas. Uma loja pode ser reconhecida por ter uma grande amplitude ("lá tem de tudo") ou por sua profundidade ("é especialista em produtos esportivos").
Grandes lojas de departamento ainda atraem muitos consumidores por oferecerem uma combinação forte entre estas duas decisões, pois oferecem grande amplitude - inúmeras seções de loja - com grande profundidade - muitos ítens de produtos e opções de compra em cada seção.
Ampliando o conceito de produto, devemos também pensar nos serviços adicionais que podem ser acrescentados e oferecidos, como uma "entrega à domicílio", ou uma "venda expressa", um serviço de empacotamento, e assim por diante;
Preço: consideramos nesta variável não só o preço em si de cada item, mas também a política de preços da empresa, o que inclui fornecimento de crédito, descontos, aceitação de cartões de crédito e de cheques pré-datados, etc. Aqui forma-se um dos aspectos importantes da imagem de um varejo, em relação ao comportamento de compra do consumidor, já que ocorre o conflito "esta é uma loja careira" versus "esta é uma loja barateira". Ambas as possibilidades são válidas, dependendo do tipo de negócio em questão. Nenhum lojista gosta da imagem de "careiro", mas pode ser até muito boa uma política de "preços altos" (ou "premium price") para uma boutique de luxo, na medida em que estes preços denotem sofisticação e exclusividade;
Ponto: uma das variáveis mais importantes em varejo, o ponto define muito do sucesso ou fracasso de um negócio em atrair a sua clientela. Aqui, há tanto a preocupação com a "macro-localização" (em que cidade ou bairro vou localizar a minha loja) como com a "micro-localização" (em que rua ou casa/prédio vou localizar minha loja). A decisão de localização é muito importante, pois define não só o público que se vai atingir, como também o próprio montante de potenciais clientes que terão acesso à loja. Dependendo do tipo de negócio, a atratividade de uma determinada loja pode ser muito prejudicada por um ponto equivocado. Deve-se considerar sempre a área de influência inerente a cada ponto;
Apresentação: não basta ter uma bom ponto, este deve ter uma apresentação visual eficiente e coerente com a proposta do negócio. Aqui, pensamos então na decoração, no lay-out de loja, na distribuição das mercadorias pelas prateleiras, iluminação, uso ou não de música ambiente, enfim, tudo voltado a criar uma atmosfera agradável e propicia à venda;
Comunicação: a loja precisa ser conhecida no mercado. Assim, a comunicação bem feita inclui propaganda, promoções, divulgação via assessoria de imprensa, concursos, enfim, uma gama de ações que atraia o cliente à loja e que, uma vez ele haver adentrado, facilite e estimule a venda . Para muitos varejos segmentados, voltados para públicos específicos, o Marketing Direto pode também ser utilizado. Mas não basta apenas vender: os varejos que prezam pela excelência procuram manter a sua clientela para sempre, realizando, para isso, um trabalho de pós-venda e de assistência ao cliente na solução de eventuais problemas.
Atendimento pessoal: o varejo se caracteriza pela venda pessoal, na qual o cliente entra em contato diretamente com o vendedor, que vai lhe prestar o serviço efetivo de venda das mercadorias desejadas. Um bom atendimento deve ser atencioso, gentil, e, principlamente, não focado apenas no "vender a qualquer custo", mas sim orientado a satisfazer às necessidades reais do cliente. É preferível perder uma venda imediata ao invés de "empurrar" um produto indesejado para o cliente. Este poderá se arrepender da compra e culpar o estabelecimento por isso. Ao contrário, se o cliente for atendido bem, mesmo não comprando ele estará criando uma imagem positiva do negócio, o que certamente o trará de volta no futuro.
Estes "6 P's" constituem-se nas variáveis mais importantes que um varejista deve pensar para diferenciar e bem posicionar o seu negócio no mercado. Na mente de seus consumidores, ocorre uma comparação entre diferentes lojas baseadas nestas variáveis,
obviamente de uma maneira sutil e até subconsciente. O consumidor extrai desta comparação a sua decisão de compra, e é nesta decisão que o empresário varejista deseja influir, visando, obviamente, gerar clientes para o seu negócio.
Ora, realizar esta comparação é possível tanto para grandes, como para pequenos negócios. Há uma idéia básica em Marketing de varejo, que define muito como esta análise pode ser útil. Costuma-se dizer que o sucesso do varejo está no cuidado com os detalhes ligados aos "6 P's", o que pode ser resumido na expressão inglesa "retail is detail" ("o varejo está nos detalhes"). Com isto, muitos autores colocam que o sucesso do varejo está em esse se diferenciar de seus concorrentes em cada aspecto dos "6 P's". O curioso é que basta ser um pouco melhor em cada variável, ou, pelo menos, na maioria delas, para que se tenha uma diferenciação frente à concorrência.
É fácil exemplificar este fato: se há duas lojas concorrentes localizadas lado a lado, ambas com porte e decoração semelhante, oferecendo linha de produtos, política de preços/descontos, atendimento e política promocional semelhantes, qual loja um potencial consumidor escolherá para realizar suas compras? O que levará à clientela preferir um ou outro negócio será, basicamente, pequenas diferenças que uma loja consiga estabelecer em relação à outra. Às vezes, estas diferenças são tão pouco perceptíveis que o mercado se divide entre ambas as lojas, de modo um tanto quanto indiferenciado. Eis aí uma questão chave para o lojista: "como diferenciar minha loja, para atrair mais clientela?" Afinal, talvez esta divisão "tão fraterna" de negócios apenas esteja prejudicando o desempenho de ambas as empresas, podendo até mesmo comprometer a sobrevivência de ambas a longo prazo.
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Blog Cipriano Medeiros: Projeto recicla computadores para comunidade do Ri...
Blog Cipriano Medeiros: Projeto recicla computadores para comunidade do Ri...: Rio de Janeiro – Computadores velhos têm destino certo no Complexo do Alemão, zona norte do Rio. Desde junho, 120 alunos da área pacific...
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
A PRINCESINHA DE NATAL
O bairro da Ribeira é desde o início de sua formação um conjunto heterogêneo de poesia, história, arquitetura, mitos e pessoas. As funções desses elementos concentrados em um único espaço geográfico geraram um lugar extraordinário e profundamente rico em cultura, espécie humana, lendas, edifícios imponentes e uma singular importância no desenvolvimento urbano do município.
Aqui, o futuro tem início em construções com séculos de existência. Edifícios antigos se espalham por toda região histórica da cidade, transformando o local em uma imensa máquina do tempo, que nos transporta aos dias distantes dos nossos ancestrais.
O complexo arquitetônico mais impressionante da Ribeira atravessa toda a Avenida Duque de Caxias a partir dos prédios da Delegacia Fiscal, Igreja do Bom Jesus, Grande Hotel, Associação Comercial, Casa de Januário Cicco, Junta Comercial, Teatro Alberto Maranhão, antiga Faculdade de Direito e a primeira sede da Escola Doméstica. Um corredor histórico que continua na antiga Avenida Junqueira Aires, atual Câmara Cascudo, com o prédio do jornal A República, a residência do historiador Câmara Cascudo, o Solar Bela Vista, a Capitania das Artes, o prédio da Ordem dos Advogados do Brasil/RN, a Prefeitura, o antigo Palácio do Governo, o Instituto Histórico e Geográfico/RN e antiga Catedral.
Fechando esse ciclo fantástico que é a Ribeira, não poderíamos deixar de falar em sua gente. Aqui, floresceu um povo pacífico, acolhedor, que não conhece armas e que cultiva a paz entre seus semelhantes. Uma raça mesmo assim forte, que não foge a luta e que sabe ser soberana contra a tirania alheia. Uma gente que colaborou com os soldados americanos na campanha contra a fúria de Adolf Hitler – na Segunda Grande Guerra.
Um povo inteligente, criativo e que de suas entranhas nasceram homens como Pedro Velho, Ferreira Itajubá, Newton Navarro, Henrique Castriciano, Aderbal de França, Erasmo Xavier, Januário Cicco, Câmara Cascudo e tantos outros que amaram essa terra e viveram para ela.
O bairro da Ribeira, enfim, reflete através de seu patrimônio humano, histórico, arquitetônico e de seu traçado urbano, os quatro séculos de história desse município. Uma história que continua a tecer mudanças e que prepara Natal para o futuro. Que Deus nos ilumine.
Guto de Castro é escritor
REFLEXÕES RIBEIRINHAS
Uma raça, cujo espírito não defende seu solo, idioma e cultura está condenada ao desaparecimento ou a tirania estrangeira. É preciso, para que isso não aconteça, defender nossas particularidades que faz da gente um povo, para que os de fora não nos diga o que pensar, falar e criar.
História
O Primeiro engenheiro Norte-rio-grandense chamou-se Daniel Pedro Ferro Cardoso.
ANÔNIMAS DA RIBEIRA
Adágio – O favor gera amigos; a verdade cria o ódio.
Sofrimento – Coração de brasileiro não bate, apanha.
Budog – Budog que late em casteliano não morde, bate.
Riso – Quem ri por último perdeu todo tempo que passou sem rir.
Vampiro – Em terra de vampiro, banco de sangue é lanchonete.
Sultão – Se preocupação fosse mulher, levaria uma vida de sultão
História
O historiador potiguar Câmara Cascudo explica assim a origem do nome do bairro:
Ribeira porque a praça Augusto Severo era uma campina alagada pelas marés do Potengi. As águas lavavam os pés dos morros. Onde está o Teatro Alberto Maranhão, tomava-se banho salgado em fins do século XIX. O português julgava estar vendo uma ribeira. O terreno era quase todo ensopado, pantanoso, enlodado. Apenas alguns trechos ficavam a descoberto nas marés altas de janeiro.
— Câmara Cascudo
História da Cidade de Natal A Ribeira é berço de importantes personalidades natalenses. Lá viveram Café Filho, Câmara Cascudo, Henrique Castriciano, Ferreira Itajubá, Pedro Velho, Newton Navarro, Aderbal de França, Erasmo Xavier e Januário Cicco, entre outros.
Rua Chile
A Ladeira da Marpas (ao fundo) na Av. Gustavo Farias marca a divisão entre a Ribeira Histórica (parte baixa) e o Alto da Ribeira (parte alta).
Praça Augusto Severo, localizada na Ribeira Histórica.
Mas em 1838, lá existiam somente quatro ruas: a rua do Aterro, a rua Duque de Caxias, a rua Silva Jardim e a rua da Alfândega. A primeira é hoje conhecida como Junqueira Aires, enquanto a rua da Alfândega tornou-se rua do Comércio e desde 1932 é chamada de Rua Chile.
A Ribeira é o segundo bairro de Natal. No início, era conhecido como Cidade Baixa, em oposição ao bairro mais antigo, a Cidade Alta.
A partir de meados do século XIX, consolidou-se o comércio na região, de artigos que chegavam e partiam pelo rio Potenji,em uma relação negocial dominada por Pernambuco. Mais tarde, essa vocação da região para centro de comércio de mercadorias pelos navios se consolidaria com a conturbada construção do Porto de Natal.
Entre 1869 e 1902, a sede da Administração Provincial funcionou na Rua do Comércio (atual Rua Chile), na Ribeira, retornando em seguida para a Cidade Alta.
Em 1897, quando Natal só tinha os bairros da Ribeira e da Cidade Alta, Olympio Tavares, então vice-presidente da Intendência Municipal, fez realizar o primeiro censo demográfico da cidade, que apontou a existência de 2.800 moradores, na maioria solteiros e analfabetos. Outros censos foram depois realizados, sem jamais registrar população superior a esta.
Em 1905, foi inaugurada a Praça Augusto Severo, em homenagem ao norte-riograndense pioneiro da aviação. Alguns anos mais tarde, ela receberia estátuas de Nísia Floresta e do próprio Augusto Severo.
Por duas vezes, em 1930 e em 1933, um balão dirigível de fabricação
alemã, o Graf Zeppelin, sobrevoou Natal e jogou homenagens para o aeronauta potiguar sobre a praça que levava seu nome.
A praça recebeu melhorias e tornou-se importante ponto de encontro. Ao seu redor foram construídos prédios tradicionais, como o Teatro Carlos Gomes (hoje Teatro Alberto Maranhão), o Cine Polytheama (primeiro cinema de Natal), a Antiga Escola Doméstica de Natal (que também foi sede do Atheneu e da Faculdade de Direito), o Grupo Escolar Augusto Severo, o Colégio Salesiano São José, a Estação Rodoviária de Natal (hoje transformada em museu), e a Estação da Great Western.
No início do século XX, foi o primeiro bairro de Natal a receber iluminação pública.
Nos anos 1940, funcionava no bairro o mais importante hotel da cidade, o Grande Hotel, que hospedou importantes personalidades durante a Segunda Guerra Mundial. O bairro foi o núcleo do comércio da cidade, até perder espaço, após a Guerra, para a Cidade Alta e o Alecrim.
Em 1966, começaram a circular as balsas que faziam a travessia Natal-Redinha.
Em 1983, foi concluída a drenagem e o esgotamento sanitário do bairro, e em 1990, passou a integrar a Zona Especial de Preservação Histórica, juntamente com o bairro de Cidade Alta.
Na década de 1990, um projeto de revitalização incluiu a recuperação das fachadas dos imóveis da Rua Chile, e a ampliação da iluminação e do calçamento.
Atrações
Teatro Alberto Maranhão, na Ribeira
O Circuito Histórico, Turístico e Cultural da Ribeira compreende trinta atrações. Dele fazem parte:
• O Teatro Alberto Maranhão: um dos prédios mais belos da capital potiguar,
teve sua construção iniciada em 1898. De estilo art-nouveau, é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Rio Grande do Norte.
• O Centro Cultural Casa da Ribeira: ambiente que compreende uma sala de teatro, uma sala de artes visuais e uma sala de convivência, onde ocorrem saraus, conferências e lançamentos de livros.
• A Rua Chile: de noite agitada, local de eventos como o festival Música Alimento da Alma (Mada) e o Encontro Natalense de Escritores (ENE).
• O Museu de Cultura Popular Djalma Maranhão: inaugurado em 2008, no prédio do antigo Terminal Rodoviário de Natal.
• As casas de personagens importantes do bairro, como a do ex-presidente Café Filho, a do poeta Ferreira Itajubá e a do médico Januário Cicco.
• A Praça Augusto Severo, e os monumentos e prédios históricos ao seu redor.
População
Em 2007, o bairro abrigava uma população de 2.110 pessoas,que residiam em 631 domicílios, ocupando uma área de 60,5 hectares.
Metade dos imóveis da Ribeira tem finalidade residencial e um terço dos domicílios é alugado.
Transporte e Segurança
O bairro abriga o Porto de Natal, e é servido por 48 linhas de ônibus. Possui seis delegacias especializadas, um batalhão de Polícia Militar e um centro de detenção provisória.
Educação
Cerca de 60% dos responsáveis por domicílios no bairro possuem mais de oito anos de estudo, e oitenta e dois por cento da população total do bairro é alfabetizada.
O Colégio Salesiano São José é a única instituição de ensino do bairro.
Economia
Entrada do Porto de Natal, na Ribeira
Das 620 empresas lá estabelecidas em 2006, cerca de 42% dedicavam-se ao comércio (sobretudo o varejista), 34% aos serviços e 24% à indústria.
O rendimento mensal médio dos moradores da Ribeira era de 11,29 salários mínimos em 2000,[2] maior do que a média do município de Natal e da Região Administrativa Leste [2]
No entanto, quase a metade da população vive em domicílios com renda de até cinco salários mínimos.[2]
No bairro está localizado um assentamento precário: a Favela do Maruim, que reúne 572 pessoas em 143 edificações.[2]
Aqui, o futuro tem início em construções com séculos de existência. Edifícios antigos se espalham por toda região histórica da cidade, transformando o local em uma imensa máquina do tempo, que nos transporta aos dias distantes dos nossos ancestrais.
O complexo arquitetônico mais impressionante da Ribeira atravessa toda a Avenida Duque de Caxias a partir dos prédios da Delegacia Fiscal, Igreja do Bom Jesus, Grande Hotel, Associação Comercial, Casa de Januário Cicco, Junta Comercial, Teatro Alberto Maranhão, antiga Faculdade de Direito e a primeira sede da Escola Doméstica. Um corredor histórico que continua na antiga Avenida Junqueira Aires, atual Câmara Cascudo, com o prédio do jornal A República, a residência do historiador Câmara Cascudo, o Solar Bela Vista, a Capitania das Artes, o prédio da Ordem dos Advogados do Brasil/RN, a Prefeitura, o antigo Palácio do Governo, o Instituto Histórico e Geográfico/RN e antiga Catedral.
Fechando esse ciclo fantástico que é a Ribeira, não poderíamos deixar de falar em sua gente. Aqui, floresceu um povo pacífico, acolhedor, que não conhece armas e que cultiva a paz entre seus semelhantes. Uma raça mesmo assim forte, que não foge a luta e que sabe ser soberana contra a tirania alheia. Uma gente que colaborou com os soldados americanos na campanha contra a fúria de Adolf Hitler – na Segunda Grande Guerra.
Um povo inteligente, criativo e que de suas entranhas nasceram homens como Pedro Velho, Ferreira Itajubá, Newton Navarro, Henrique Castriciano, Aderbal de França, Erasmo Xavier, Januário Cicco, Câmara Cascudo e tantos outros que amaram essa terra e viveram para ela.
O bairro da Ribeira, enfim, reflete através de seu patrimônio humano, histórico, arquitetônico e de seu traçado urbano, os quatro séculos de história desse município. Uma história que continua a tecer mudanças e que prepara Natal para o futuro. Que Deus nos ilumine.
Guto de Castro é escritor
REFLEXÕES RIBEIRINHAS
Uma raça, cujo espírito não defende seu solo, idioma e cultura está condenada ao desaparecimento ou a tirania estrangeira. É preciso, para que isso não aconteça, defender nossas particularidades que faz da gente um povo, para que os de fora não nos diga o que pensar, falar e criar.
História
O Primeiro engenheiro Norte-rio-grandense chamou-se Daniel Pedro Ferro Cardoso.
ANÔNIMAS DA RIBEIRA
Adágio – O favor gera amigos; a verdade cria o ódio.
Sofrimento – Coração de brasileiro não bate, apanha.
Budog – Budog que late em casteliano não morde, bate.
Riso – Quem ri por último perdeu todo tempo que passou sem rir.
Vampiro – Em terra de vampiro, banco de sangue é lanchonete.
Sultão – Se preocupação fosse mulher, levaria uma vida de sultão
História
O historiador potiguar Câmara Cascudo explica assim a origem do nome do bairro:
Ribeira porque a praça Augusto Severo era uma campina alagada pelas marés do Potengi. As águas lavavam os pés dos morros. Onde está o Teatro Alberto Maranhão, tomava-se banho salgado em fins do século XIX. O português julgava estar vendo uma ribeira. O terreno era quase todo ensopado, pantanoso, enlodado. Apenas alguns trechos ficavam a descoberto nas marés altas de janeiro.
— Câmara Cascudo
História da Cidade de Natal A Ribeira é berço de importantes personalidades natalenses. Lá viveram Café Filho, Câmara Cascudo, Henrique Castriciano, Ferreira Itajubá, Pedro Velho, Newton Navarro, Aderbal de França, Erasmo Xavier e Januário Cicco, entre outros.
Rua Chile
A Ladeira da Marpas (ao fundo) na Av. Gustavo Farias marca a divisão entre a Ribeira Histórica (parte baixa) e o Alto da Ribeira (parte alta).
Praça Augusto Severo, localizada na Ribeira Histórica.
Mas em 1838, lá existiam somente quatro ruas: a rua do Aterro, a rua Duque de Caxias, a rua Silva Jardim e a rua da Alfândega. A primeira é hoje conhecida como Junqueira Aires, enquanto a rua da Alfândega tornou-se rua do Comércio e desde 1932 é chamada de Rua Chile.
A Ribeira é o segundo bairro de Natal. No início, era conhecido como Cidade Baixa, em oposição ao bairro mais antigo, a Cidade Alta.
A partir de meados do século XIX, consolidou-se o comércio na região, de artigos que chegavam e partiam pelo rio Potenji,em uma relação negocial dominada por Pernambuco. Mais tarde, essa vocação da região para centro de comércio de mercadorias pelos navios se consolidaria com a conturbada construção do Porto de Natal.
Entre 1869 e 1902, a sede da Administração Provincial funcionou na Rua do Comércio (atual Rua Chile), na Ribeira, retornando em seguida para a Cidade Alta.
Em 1897, quando Natal só tinha os bairros da Ribeira e da Cidade Alta, Olympio Tavares, então vice-presidente da Intendência Municipal, fez realizar o primeiro censo demográfico da cidade, que apontou a existência de 2.800 moradores, na maioria solteiros e analfabetos. Outros censos foram depois realizados, sem jamais registrar população superior a esta.
Em 1905, foi inaugurada a Praça Augusto Severo, em homenagem ao norte-riograndense pioneiro da aviação. Alguns anos mais tarde, ela receberia estátuas de Nísia Floresta e do próprio Augusto Severo.
Por duas vezes, em 1930 e em 1933, um balão dirigível de fabricação
alemã, o Graf Zeppelin, sobrevoou Natal e jogou homenagens para o aeronauta potiguar sobre a praça que levava seu nome.
A praça recebeu melhorias e tornou-se importante ponto de encontro. Ao seu redor foram construídos prédios tradicionais, como o Teatro Carlos Gomes (hoje Teatro Alberto Maranhão), o Cine Polytheama (primeiro cinema de Natal), a Antiga Escola Doméstica de Natal (que também foi sede do Atheneu e da Faculdade de Direito), o Grupo Escolar Augusto Severo, o Colégio Salesiano São José, a Estação Rodoviária de Natal (hoje transformada em museu), e a Estação da Great Western.
No início do século XX, foi o primeiro bairro de Natal a receber iluminação pública.
Nos anos 1940, funcionava no bairro o mais importante hotel da cidade, o Grande Hotel, que hospedou importantes personalidades durante a Segunda Guerra Mundial. O bairro foi o núcleo do comércio da cidade, até perder espaço, após a Guerra, para a Cidade Alta e o Alecrim.
Em 1966, começaram a circular as balsas que faziam a travessia Natal-Redinha.
Em 1983, foi concluída a drenagem e o esgotamento sanitário do bairro, e em 1990, passou a integrar a Zona Especial de Preservação Histórica, juntamente com o bairro de Cidade Alta.
Na década de 1990, um projeto de revitalização incluiu a recuperação das fachadas dos imóveis da Rua Chile, e a ampliação da iluminação e do calçamento.
Atrações
Teatro Alberto Maranhão, na Ribeira
O Circuito Histórico, Turístico e Cultural da Ribeira compreende trinta atrações. Dele fazem parte:
• O Teatro Alberto Maranhão: um dos prédios mais belos da capital potiguar,
teve sua construção iniciada em 1898. De estilo art-nouveau, é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Rio Grande do Norte.
• O Centro Cultural Casa da Ribeira: ambiente que compreende uma sala de teatro, uma sala de artes visuais e uma sala de convivência, onde ocorrem saraus, conferências e lançamentos de livros.
• A Rua Chile: de noite agitada, local de eventos como o festival Música Alimento da Alma (Mada) e o Encontro Natalense de Escritores (ENE).
• O Museu de Cultura Popular Djalma Maranhão: inaugurado em 2008, no prédio do antigo Terminal Rodoviário de Natal.
• As casas de personagens importantes do bairro, como a do ex-presidente Café Filho, a do poeta Ferreira Itajubá e a do médico Januário Cicco.
• A Praça Augusto Severo, e os monumentos e prédios históricos ao seu redor.
População
Em 2007, o bairro abrigava uma população de 2.110 pessoas,que residiam em 631 domicílios, ocupando uma área de 60,5 hectares.
Metade dos imóveis da Ribeira tem finalidade residencial e um terço dos domicílios é alugado.
Transporte e Segurança
O bairro abriga o Porto de Natal, e é servido por 48 linhas de ônibus. Possui seis delegacias especializadas, um batalhão de Polícia Militar e um centro de detenção provisória.
Educação
Cerca de 60% dos responsáveis por domicílios no bairro possuem mais de oito anos de estudo, e oitenta e dois por cento da população total do bairro é alfabetizada.
O Colégio Salesiano São José é a única instituição de ensino do bairro.
Economia
Entrada do Porto de Natal, na Ribeira
Das 620 empresas lá estabelecidas em 2006, cerca de 42% dedicavam-se ao comércio (sobretudo o varejista), 34% aos serviços e 24% à indústria.
O rendimento mensal médio dos moradores da Ribeira era de 11,29 salários mínimos em 2000,[2] maior do que a média do município de Natal e da Região Administrativa Leste [2]
No entanto, quase a metade da população vive em domicílios com renda de até cinco salários mínimos.[2]
No bairro está localizado um assentamento precário: a Favela do Maruim, que reúne 572 pessoas em 143 edificações.[2]
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